domingo, 14 de agosto de 2011

É possível nossa civilização altamente produtiva e consumista colapsar!

Crescer materialmente de forma infinita em um planeta de recursos finitos é o maior delírio de nossa civilização atual.
Para quem duvida que podemos vir a colapsar e entrar em total decadência assista este instigante documentário de National Geographic Society chamado "Collapse" de Jared Diamond.
Esperamos não colapsar na vida real para convencermos os céticos que estamos indo em um caminho muito errado. E se estes céticos disserem: o que eu tenho a ver com isso, respondemos, você tem opções, e se não fizer nada, teus netos, bisnetos e futuras gerações terão tudo a ver com o caos que geraremos pra eles.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bases e Fundamentos da Sustentabilidade Empresarial


 Desde a 1ª Revolução Industrial (século XVIII, na Inglaterra) a empresa sempre fora abordada como o local privilegiado da transformação de matérias primas e produção de produtos que visasse atender as demandas que iam surgindo entre os países, diante de uma sociedade em constante transformação e mudança.
Inicialmente a responsabilidade social da empresa estava vinculada à defesa do direito da livre iniciativa dos indivíduos de constituírem uma empresa e exercerem atividades econômicas que lhe trouxessem lucros e riqueza.
As empresas podiam contratar empregados, buscar insumos e matérias primas de fornecedores e dispor dos meios de produção que oferecessem maior eficiencia para que pudesse aumentar as vendas, ampliasse os mercados e consequentemente os lucros. Ser uma empresa responsável na época significava ser lucrativa, suprir os mercados de produtos, não importasse os impactos dos mesmos sobre o consumidor e o meio ambiente.
A escola clássica da economia (final século XVIII) conseguiu apreender bem as aspirações e pensamentos da época com Adam Smith, A riqueza das nações e David Ricardo, Doutrina Geral do Valor e da Distribuição, porém o foco estava construído na acumulação ilimitada de bens e na busca de ampliar os mercados e a produção com base nas leis que equilibram e dão sustentabilidade financeira ao mercado pelas regras do equilíbrio da oferta e da procura, da especialização da produção entre as nações e a teoria do valor de um determinado bem. Ficavam de fora os problemas sociais gerados pela implantação do modelo urbano industrial que estava ocorrendo como a intensa migração campo cidade com o aumento descontrolado de subúrbios, moradias precárias e insalubres, ou os problemas sociais derivados da transformação do modo de vida de milhares de famílias rurais para proletários urbanos.[1]/[2]
Também ficava de fora qualquer discussão sobre os intensos impactos ambientais do modelo de produção industrial, que se utilizava de fontes energéticas não renováveis como carvão mineral e petróleo, e eliminava resíduos industriais de forma indiscriminada nos recursos hídricos, nos solos e atmosfera. Um dos impactos mais famosos foi o nível de poluição do Rio Tâmisa em 1858 que acabou por suspender as seções do parlamento britânico devido ao mau cheiro do rio que tinha suas águas consideradas não potáveis desde 1610.
A responsabilidade sobre a qualidade de vida de trabalhadores e consumidores durante os séculos XVIII até a primeira metade do XX estava restrita às ações de sindicatos de trabalhadores, que se utilizavam de ferramentas de diálogo como as greves para sensibilizar as empresas a remunerar dignamente seus funcionários.
Em meados dos anos 1960 o economista Milton Friedman (EUA) expôs que a responsabilidade social das empresas deve estar focada na maximização dos lucros, remuneração dos acionistas e na obediência às leis, tornando o debate restrito e fechado a questões meramente burocráticas por parte das empresas, como remunerar seus empregados por aquilo que a lei especificava. Fazer ações filantrópicas e atuar junto à comunidade para Friedman deveria ser responsabilidade do indivíduo e não da pessoa jurídica, portanto, para Friedman, quaisquer ações filantrópicas dedicadas ao bem estar da comunidade poderia afetar o desempenho da empresa que deveria estar focado na eficiência produtiva e constante maximização dos lucros[3].


[1] ADAM SMITH. A riqueza das nações.
[2] David Ricardo doutrina geral do valor e da distribuição.
[3]DRUCKER, Peter. A administração na próxima sociedade. São Paulo: Ed. Nobel. 2001.

Os Desafios Atuais do Desenvolvimento Sustentável Empresarial

Para Bauman, há uma espécie de “anomia” na sociedade, que passou a evitar questionar os pressupostos pelos quais está vivendo:

“o que está errado com a sociedade em que vivemos, diz Cornelius Castoriadis, é que ela deixou de se questionar. É um tipo de sociedade que não mais reconhece qualquer alternativa para si mesma, e, portanto, sente-se absolvida do dever de examinar, demonstrar, justificar (e que dirá provar) a validade de suas suposições tácitas e declaradas”[1]


[1]BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Edit. Jorge Zahar Editor. 2001.

Viver melhor é desejar ter menos!

O sistema produtivo atua intensamente no incentivo insano ao consumo, ao hiper - consumismo (Bauman).
Busca formar cidadãos permanentemente insatisfeitos com "suas vidas", ou seja, com aquilo que possuem diante daquilo que poderiam ter.
A escala da vida é construída sobre as possibilidades de ter. Ter o quê? ter milhares de produtos e serviços que nos são prometidos como o caminho final para a felicidade, que nunca chega, pois os produtos são  lançados infinitamente.
Aqui está uma fórmula para compreender uma boa parte da depressão atingir cada vez mais jovens e até crianças. Não nos realizamos nunca, pois nunca temos, nunca teremos, e pior, deixamos de ser.
Assista o documentário feito pela Rede Espanhola e medite sobre este assunto.


                                            Parte 1/3




                                          
                                           Parte 2/3




                                           Parte 3/3



Medite, repense, renove, recrie, viva de forma sustentável! Conhecimento é liberdade e desenvolvimento humano.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Legitimidade e a Concepção da Educação Ambiental

Os humanos necessitam do meio para a sobrevivência e, para isso, utilizam os recursos naturais. Sua postura atual, porém, tem levado à degradação do ambiente de uma forma desenfreada. Nessa mesma medida, aumentam a miséria, a fome, o desemprego, a degradação do ambiente.
Os seres humanos sofrem as conseqüências de suas próprias descobertas mal planejadas, portando, mal aplicadas. Muitos vivem em condições miseráveis. O sofrimento maior encontra-se nas favelas rodeadas de lixo, situadas em lugares perigosos (em morros e às margens de rios e arroios poluídos) [...] um meio poluído e devastado não pode proporcionar condições de vida favoráveis. Segundo, Adams, “a melhoria da qualidade de vida, principalmente da população de baixa renda, depende da EA para reverter o processo de caos e sofrimento em que se encontra. Na verdade, a EA tem um papel muito mais abrangente do que se pensa”.
Dissertação Beatriz de Vargas - Mestrado em Educação.


[1] ADAMS, Berenice Gehlen. Planejamento Ambiental para Professores da Pré-Escola a Terceira Série do Primeiro Grau. Novo Hamburgo: Editora e Gráfica Ottomit, 1997, p. 15.

Lembrança de Ray Anderson

Para relembrar esse enorme líder da sustentabilidade empresarial:


Congresso sobre construção sustentável Greenbuilding


Clique aqui para o site oficial do evento.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Faleceu Ray Anderson

Dia 08 de agosto em Atlanta/USA, faleceu o Chairman da Interface Carpets e ícone da sustentabilidade
empresarial Ray Anderson, seguidor fiel das premissas da gestão para sustentabilidade do The Natural
Step Institute.
As lideranças e gestores voltados para a sustentabilidade não somente dos negócios mas da vida no
planeta tem uma grande perda com o falecimento de Ray.

Veja a nota de falecimento no site da empresa, clique aqui.