sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fernando Dolabela fala de empreendedorismo na era da sustentabilidade

Direto da CICI Curitiba 2011:


Empreendedorismo é a saída para combater a miséria

Na verdadeira "corrente do bem", defendida por Fernando Dolabela, crianças estão transformando a realidade a partir de sonhos
            O educador Fernando Dolabela demonstrou aos participantes da CICI2011 que o
empreendedorismo é a forma mais assertiva de combater a miséria e gerar riquezas. Ao apresentar o tema "Educação empreendedora para cidades inovadoras", Dolabela quebrou paradigmas e, de certo modo, causou um daqueles tipos de desconforto que provocam reflexões na plateia.
Empreender, para o educador, é um potencial que nasce com todos, mas é fortemente inibido pelo sistema desde que as crianças entram na escola, assim como pelos pais. "Empreendedorismo não é só educação, mas envolve ética e coletividade. Se subtrai valor, é um empreendedorismo do mal, como a Costa do Sauípe. Não adianta só atrair dólar e euro, mas é preciso que a comunidade local seja contemplada com os resultados. Ali a comunidade foi banida", denunciou.
 Autor do livro "O Segredo de Luísa", Dolabela implanta o conceito de educação empreendedora em várias partes do país. Em Londrina, no norte do Paraná, seu projeto pedagógico envolve duas mil escolas públicas, o que representa 2,8 mil professores que multiplicam o conhecimento em um novo ambiente de aprendizado para 34 mil alunos. A sala de aula, disse ele, é o ambiente que proporciona vivenciar o mundo sob nova ótica.
Hierarquia, a inimiga - Ali, o professor não dá resposta, apenas articula, obedecendo a critérios diferentes da escola tradicional. O educador não transfere conhecimento, mas estimula o autoconhecimento, a hierarquia é inimiga da criatividade e da inovação, enquanto as emoções até então reprimidas pelo modelo industrial começam a aflorar para derrubar o mito de fragmentação do ser humano. "A ruptura de emoções traz conseqüências drásticas, porque ser fragmentado entre uma parte que trabalha e outra que se emociona é o que o sistema fez conosco a vida toda", contou.
Ao interrogar a criança e o jovem sobre a construção de um sonho de execução possível pela comunidade, explicou, o grande resultado não é construir uma nova cidade, mas fazer com que as crianças sintam que é possível transformar o sonho em realidade. A metodologia de Dolabela também envolve a comunidade. Depois de determinados os sonhos coletivos das turmas, o próximo passo é reunir os sonhos exeqüíveis e levá-los ao conselho escolar, que conta entre seus representantes professores, pais e líderes comunitários. "Esse é um olhar novo, da periferia para o centro. Começando com o sonho de uma criança, podemos
atingir o sonho comum a 150 mil pessoas."
Steve Jobs não seria trainee - Segundo ele, o mundo mudou e os meios educacionais tradicionais já não acompanham as necessidades dos jovens de hoje. "Steve Jobs não seria trainee nunca e imaginem Bill Gates, que fugiu da escola aos 17 anos, recebendo os conselhos dos pais para voltar a Harvard. Não teríamos a Microsoft. E se Bill Gates estivesse no Brasil seria dono de uma Microsoft bonsai e estaria na garagem até hoje porque aqui não se estimula o empreendedorismo".
Provocante nas colocações, Dolabela disse que o empreendedor é o especialista que não existe e que a educação básica deve impedir que as iniciativas empreendedoras sejam tolhidas. "É preciso impedir que se coloque a tampa na garrafa", afirmou.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O cidadão interagindo com mobilidade pelo desenvolvimento das cidades.

As redes de Internet possibilitando a ampliação da cidadania nas cidades [direto da CICI 2011, Curitiba/PR]

José Gonçales Junior
Curitiba/PR

Fim da Era do Petróleo? direto da CICI Curitiba.

Polêmico, direto da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras [Curitiba/FIEP/PR]



Planeta deve decretar fim da economia baseada no petróleo

Economista americano Jeremy Rifkin defende abandono da exploração de combustíveis fósseis para salvar o planeta em até 40 anos
O economista americano Jeremy Rifkin defendeu nesta quarta-feira (18), durante a CICI2011, a necessidade de mudança no padrão de geração de energia, que vai exigir o abandono da dependência do sistema econômico dos combustíveis fósseis. Na palestra "A internet da energia", ele trouxe dados apocalípticos caso a humanidade não adote formas mais sustentáveis de geração de energia. "Para cada grau celsius de elevação na temperatura global, a atmosfera absorve 7% mais precipitação de chuva, o que significa mais enchentes, mais períodos de seca. E isso já está acontecendo. Quando houve destruição em massa no planeta, foram necessários 10 milhões de anos para a terra se recuperar", disse.
Para evitar esse fim apocalíptico do planeta, ele afirma ser necessário adotar uma nova visão econômica, baseada na obtenção de energia através do sol, vento, movimento das marés e do calor produzido pela própria terra (geotermia). "Temos que implementar esse sistema em menos de duas gerações, fazer com que seja acessível em países em desenvolvimento e temos que estar com tudo pronto em 2040", enumerou.
Em sua apresentação ao público presente na CICI2011, ele fez a interligação entre crise econômica,  energética e mudanças climáticas. Para Rifkin, a terceira revolução industrial vai necessitar a quebra de paradigmas, realidade que já está ocorrendo na Europa. "A União Europeia deve utilizar 20% de sua energia com fontes renováveis até 2020", comentou.
No futuro, um novo sistema de distribuição de energia deve surgir, coletando energia e preservando-a de forma descentralizada, em vários pontos do planeta, a exemplo da internet, por meio de microusinas nos prédios inteligentes que já são realidade em cidades como Navarra, na Espanha. Lá estão sendo erguidos edifícios com zero emissão de carbono. "Estamos no início da terceira revolução industrial. Nos próximos 30 anos tudo mudará como mudou quando o vapor foi substituído pela eletricidade. Desta vez, quem vencerá será a intergrid, a internet da energia, uma rede elétrica interativa e descentralizada, que transformará milhões de consumidores em pequenos produtores de energia, criando um sistema mais confiável, mais seguro e mais democrático", profetizou.
Nesse cenário, os edifícios serão envoltos em fotovoltaicos e, em vez de sugar, produzirão energia. Os motores dos automóveis poderão, por sua vez, transformarem-se em minicentrais, os tetos dos pavilhões beberão a energia solar com seus paineis e a restituirão. Uma parte da eletricidade será consumida diretamente no local de produção, reduzindo a dispersão. "É uma revolução radical que mudará toda a arquitetura do nosso sistema produtivo. E quem compreender isso primeiro guiará o novo salto industrial", adiantou.
Rifkin lembrou que essas mudanças já são realidade para empresas como Daimler e GM, que estão produzindo células combustíveis, possibilitando o abastecimento dos carros elétricos que vão circular pelas cidades em maior número em breve. "As mudanças são mais do que desafiadoras e impõem a todos viver a era pós-carbono no século XXI", concluiu.
[Extraido do site oficial da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras CICI 2011, em 18/05, Curitiba]
José Gonçales JUnior
Curitiba/PR

Para quem quer o conteúdo da Conf. Internacional de Cidades Inovadoras 2011


Para todos os que desejam os conteúdos das palestras e conferências da Conf. Internacional de Cidades Inovadoras aqui em Curitiba acesse aqui.

sábado, 14 de maio de 2011

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O lixo eletrônico de cada dia.

Nossa sociedade ainda não parou para pensar os enormes impactos ambientais causados pelas centenas de produtos químicos contidos no lixo eletrônico. Também não pensamos como é "gerido" esse lixo, para onde vai, o que contamina, e se nos afeta?

Leia a notícia extraída do Blog lixoeletronico.org:

Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)demonstram que aproximadamente 20% dos celulares em uso não possuem certificação, ou seja, são ilegais. No mesmo período do ano passado esse número não ultrapassava os 12%. Areportagem da Folha de São Paulo se aprofunda no tema centrando a problemática no mercado ilegal, as ações da Polícia Federal e o quanto a indústria eletrônica do país perde com os celulares clandestinos. Entretanto, o impacto ambiental desses equipamentos órfãos não foi mencionado. Se mal reciclamos os equipamentos vendidos legalmente no Brasil, o que será desses sem lenço nem documento? Contaminarão o meio ambiente igualmente. 

Curso Gestão de Lixo Eletroeletrônico!!!

Curso de Gestão de Lixo Eletroeletrônico com Marcus Oliveira (Reciclometais) ocorrerá dia 26/05 no Instituto Agronômico de Campinas. Últimas vagas. Faça sua reserva no mail isie@isie.com.br

domingo, 8 de maio de 2011

Reunião das 40 maiores cidades do mundo em São Paulo para discutir mudanças climáticas

As 40 maiores cidades do mundo vão reunir seus prefeitos e equipes para discutirem ações para reversão do quadro do aquecimento global, vale a pena conferir a programação do evento, clique aqui.

Liderança para a sustentabilidade


A Revista Idéia Sustentável do publisher Ricardo Voltolini lançou sua edição sobre lideranças sustentáveis na tentativa de compreender o que fomenta e está por trás de um gestor que busca tornar sua empresa mais sustentável.
Vale a pena ler as opiniões de diversas lideranças nacionais, clique aqui.

Para quem pensa que sustentabilidade é modismo e custa caro.

Gradativamente vamos compreendendo que viver de forma sustentável é buscar qualidade de vida para mim, para os outros e preservar essa enorme herança bionatural que é nosso Planeta Terra.
A entrevista abaixo da líder e coaching em sustentabilidade do Green Business Lab (Susan Svoboda) colabora para deixar claro que a humanidade caminha para um outro paradigma de vida.



FOLHA DE SÃO PAULO – Caderno Mercado: “Ver sustentabilidade como fardo é risco”

Para pesquisadora, pensamento limita inovação, pois empresa entende que só pode ser sustentável se sacrificar lucro
Norte-americana, Susan Svoboda é criadora do Green Business Lab, que treina executivos a repensar sua atuação
ANDRÉ PALHANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A missão é criar carrinhos que transportem bolinhas. Uma atividade simples para simulação de negócios, não fosse o detalhe de que, ao longo do processo, surgem demandas nem sempre conhecidas dos profissionais.
Os executivos de todas as áreas da empresa devem responder por ecoeficiência na produção dos carros, design sustentável das bolinhas, parcerias com organizações ambientalistas, marketing responsável.
Simular uma realidade cada vez mais presente no dia a dia das empresas, nem sempre de maneira organizada, foi a maneira que a norte-americana Susan Svoboda e o americano Stuart Hart, criadores do Green Transformation Lab, encontraram para treinar executivos no árido tema da sustentabilidade.
“São departamentos e áreas que muitas vezes não conversam sobre essas novas demandas verdes. O objetivo é mostrar que, se o fizerem de maneira integrada, todos terão ganhos importantes”, resume Svoboda.
De passagem pelo Brasil, Susan Svoboda concedeu a seguinte entrevista à Folha.

Folha – É possível conciliar interesses tão diversos, como de organizações ambientalistas e acionistas, dentro de um mesmo projeto?
Susan Svoboda – 
Sim, é possível. Por exemplo: organizações que trabalham com o ambiente geralmente cobram as empresas para reduzir a poluição ou fabricar produtos com menor impacto no planeta.
Ao mesmo tempo, fazer produtos verdes diminui os custos de produção, por exemplo em razão da redução dos gastos de energia ou da utilização de materiais de menor risco, tornando-a mais competitiva.
Como o Green Lab trabalha essa questão?No laboratório, usamos um modelo conceitual em que os objetivos sustentáveis -como prevenção da poluição, responsabilidade com a origem do produto e as tecnologias limpas- vão ao encontro dos objetivos de negócios, como redução de custos e riscos, aumento da reputação, inovação e crescimento.
O alinhamento dessas esferas ajuda as empresas a enxergar com mais clareza estratégias de negócios realmente sustentáveis.
Um dos maiores desafios para as empresas é incorporar a sustentabilidade em diferentes áreas, evitando que funcione como um departamento isolado. Como lidar com esse desafio?As empresas estão acostumadas a cumprir objetivos e metas, como corte de custos, inovação e ações relacionadas à sua reputação.
Os objetivos de sustentabilidade devem ser encarados da mesma maneira, ou seja, juntamente com os objetivos de negócios, e não como algo “extra” que um dia possa ser esquecido.
Quais os principais riscos relacionados à adoção de um negócio com foco em práticas sustentáveis?Acredito que o maior risco é quando as empresas veem a sustentabilidade como um fardo, e não como uma oportunidade. Esse tipo de pensamento limita as inovações, pois as empresas entendem que só podem ser sustentáveis se sacrificarem os lucros.
As empresas devem enxergar na sustentabilidade uma oportunidade para repensar os modelos de negócios, os produtos e as tecnologias.
E dessa maneira acharão novos caminhos para oferecer valor aos clientes, fornecedores e acionistas, aumentando sua competitividade e otimizando seus resultados.

Dobra financiamentos para projetos focados em sustentabilidade

Conforme Jornal Folha de São Paulo.


BID praticamente dobra crédito para sustentabilidade

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O BID (Banco Inter-Americano de Desenvolvimento) aumentou fortemente a destinação de fundos para melhoria ambiental, mudança climática e energias renováveis, chegando ao recorde de US$ 3,5 bilhões em 2009 --quase o dobro do ano anterior.
Os dados são de um relatório elaborado por um grupo independente comissionado pelo BID para revisar suas ações em sustentabilidade. O texto, obtido pela Folha, está sob avaliação pela diretoria do banco e ainda não foi aprovado oficialmente.
O BID deu um salto de US$ 11,2 bilhões em 2008 para US$ 15,5 bilhões em seus empréstimos totais em 2009.
Um total de 15 dos 33 empréstimos aprovados em 2009 (aproximadamente US$ 2 bilhões) estão relacionados a mudança climática e energias renováveis.
Outros US$ 1,8 bilhão foram destinados a projetos sobre água e sistemas sanitários, e US$ 55,3 milhões foram para gerenciamento de risco de desastres naturais.
Os autores mencionam a necessidade de foco em prevenção e mitigação de desastres, citando o terremoto no Haiti, as enchentes na Colômbia e os recentes deslizamentos no Brasil.

José G. JUnior

Conferência Greenbuilding Brasil 2011







Vale a pena ir e pensar em urbanismo sustentável.
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